Um menino de mais ou menos cinco ou seis anos,de uma família simples e humilde,brincava o dia todo com os seus amiguinhos da Rua Rosalina Fagundes.As crianças brincavam de pular corda,de pular sapata ou jogar amarelinha,pega-pega,esconde-esconde,sempre bem alegres.Vendo as crianças brincar me fez refletir a minha infância e tirei a conclusão que as brincadeiras sádias ainda estavam vivas e passam de geração em geração,mesmo com tanta tecnologia.
Ao anoitecer entrei para casa,enquanto a mão olhava a novela das oito,eu lia um livro,o meu preferido.A Bíblia Sagrada.Algum tempo lendo e ouvi uma voz me chamando: - O tio!Uma voz de criança,então saí e dei de frente para o menino Gabriel e ele dizia assim: - Tem pon?
-"Pon" é pão,mas como é uma criança,tinha dificuldades,pois estava em fase de aprendizado.
- Tem pon tio?
- Tenho sim,espera que o tio já tráz!
Entrava eu,novamente para casa,deixei a porta aberta,peguei os pãezinhos ou os ponzinhos como Gabriel dizia e levava-os até ele.Quando olhava os olhos dele,percebia um olhar meigo e feliz ao mesmo tempo por receber aqueles pãezinhos,sorridente saía em direção á sua casa que é logo a três casas adiante da minha.A cena se repetia todos os dias e todos os dias os pãezinhos estavam preparados sobre a mesa.
"- O tio tem pon?"
Uma frase que marcou a minha vida.Quando me assentei á cadeira frente a mesa,o meu livro estava aberto no livro de Mateus,capítulo 14,versículo 13,onde falava da primeira multiplicação de pães e peixes.
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